Recentemente, a agência reguladora sanitária dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), anunciou a aprovação de um novo medicamento para a doença de Alzheimer. A aprovação gerou grandes polêmicas devido à falta de comprovações dos benefícios oferecidos aos pacientes que fizerem uso da medicação.
O remédio aducanumab possui o nome comercial Aduhelm e é uma infusão intravenosa mensal para retardar o avanço da doença em pessoas nos estágios iniciais, com sintomas leves e problemas de memória.
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No entanto, três membros do conselho da FDA renunciaram ao cargo após a agência decidir pela aprovação do medicamento contra o Alzheimer mesmo com 10 dos 11 membros consultivos apontarem que ainda não era o momento correto para o feito. O único membro do conselho que não foi contra a aprovação ainda não estava certo de sua decisão.
De acordo com o Medical Xpress, os membros do conselho da FDA afirmaram que não há evidências conclusivas de que o Aduhelm possa retardar o declínio mental dos pacientes que estiverem no começo de um quadro de Alzheimer.
Além disso, os conselheiros apontam que a utilização do medicamento pode resultar em efeitos colaterais potencialmente graves de inchaço e sangramento cerebral.
A agência reguladora norte-americana não é obrigada a seguir o posicionamento de seus conselheiros e, neste caso, decidiu por ir contra eles.
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“A aprovação de um medicamento que não é eficaz tem grande potencial para prejudicar pesquisas futuras sobre novos tratamentos que podem ser eficazes”, disse o neurologista da Escola de Medicina da Universidade de Washington, Joel Perlmutter, primeiro membro a deixar o comitê conselheiro da FDA.
O neurologista ainda ressaltou que a implementação do novo tratamento contra o Alzheimer custará bilhões de dólares que podem ser melhor utilizados no desenvolvimento de maiores evidências do medicamento, ou em outras intervenções contra a doença.
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